O tema que mais foi falado na sessão da última segunda-feira, dia 17, na Câmara Municipal de Vereadores de Sombrio foi a mobilidade, com falas sobre ciclovia estadual, rodovia BR 101 e o possível novo acesso de Sombrio a Balneário Gaivota.

O trânsito das idas e vindas a Balneário Gaivota tem incomodado moradores e turistas o ano inteiro, não só mais no verão, como em tempos atrás. Trabalhadores que fazem o trajeto têm reclamado que os horários de pico são um teste para a paciência, tamanho fluxo de veículos. Para endossar a reclamação, os números do último Censo do IBGE mostram que desde a pandemia, Balneário Gaivota praticamente dobrou sua população, indo de oito mil habitantes a quase 16 mil. Autoridades do município litorâneo dizem que o número é ainda maior, após a crise das enchentes do Rio Grande do Sul.

Com isso, o tema novo acesso saindo do bairro São Francisco, ou São Luiz e chegando numa das praias ao Norte do Balneário é cada vez mais falado. Na semana passada, vereadores do MDB foram a Florianópolis para tratar do assunto com o deputado Tiago Zilli, também do MDB. Já na sessão de ontem, Jucemar Custódio, o Bujão, do PSDB, foi quem levantou o tema e teve aprovado requerimento para a execução de uma audiência pública sobre o assunto.

Vereador Jucemar Custodio Bujão – PSDB

“Tenho história com movimentos de luta e sei que com grandes movimentos conquistamos o que o município ou a região precisa. Fiz parte do movimento pela duplicação da BR 101, era presidente desta casa quando pedimos mudança no antigo trevo do Japonês e, agora, quero a realização de uma audiência pública sobre o novo acesso a Balneário Gaivota”, disse Bujão. “Ninguém aguenta mais essa tranqueira o ano inteiro, não é apenas no verão. Mas precisamos fazer o projeto primeiro, mostrar que é viável. Chamar deputados, senadores, governador, prefeitos, associações e entidades civis, além de empresários, loteadores, porque além do benefício de mobilidade, essa obra pode trazer emprego e renda para os dois municípios”, completou. O requerimento foi aprovado e a partir de agora a Câmara deve se mobilizar para a audiência e seguir em frente em busca do projeto para a realização da obra.

Mais mobilidade e menos problemas

Logo na sequência, o vereador Zé Artur, do Progressistas, chamou a atenção para o trevo do elevado do bairro Januária, que há tempos é assunto pela desorganização, sendo chamado muitas vezes de “trevo indiano” em referência ao trânsito da Índia, conhecido por ser caótico.

“Virou uma disputa do carro maior, do mais corajoso que bota o bico do carro, se alguém parar ele vai. Sei que a Prefeitura fica de mãos atadas porque é de responsabilidade da CCR, mas precisamos chamar a concessionária aqui. Precisamos de explicações e discutirmos essa questão que, muito em breve pode gerar uma tragédia. E aí correr atrás depois é muito ruim”, disse o vereador no plenário.

Vereador Zé Artur – Progressistas

Zé Artur completou falando também do acesso ao parque industrial de Sombrio, cuja saída da BR fica pelo menos três quilômetros longe, com uma marginal cheia de lombadas, o que atrapalha a logística de grandes empresas. “E tem as cheias ainda entre os dois principais acessos a Sombrio. Qualquer chuva mais forte e as marginais ficam alagadas e consequentemente intransitáveis”, reforçou.

Ciclovia parada

O vereador Donisete Gubert, do PSD, também levantou uma bandeira de mobilidade na sessão, falando sobre a obra estadual parada da ciclovia entre Sombrio e Balneário Gaivota.

“A empreiteira ganhou a licitação, foi ali, iniciou a obra e agora sumiu. A obra está abandonada e o risco aumentou, porque o que tinha de acostamento e escape, não tem mais. Já perdemos amigos por acidentes ali. Será que vamos ver mais tragédia, antes das providências serem tomadas?”

A Câmara deve, nos próximos dias, fazer contato com as empresas, tanto da CCR quanto da ciclovia, em busca de solução para os problemas existentes.