O crime aconteceu em setembro de 2011, no bairro Santo Antônio, após o réu se irritar com o choro do bebê e lançá-lo contra a parede.
Um crime que ocorreu há quase 11 anos teve um ponto final nesta quarta-feira, dia 10. O Tribunal do Júri da Comarca de Criciúma seguiu o entendimento do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e condenou o pai que matou o filho de apenas dois meses por se irritar com o choro do bebê. Os jurados aceitaram, também, um laudo médico que apontava desenvolvimento mental incompleto do acusado por ocasião do crime. Por este motivo, a pena foi reduzida a pedido da defesa e, com o ajuste, totalizou 26 anos e oito meses de reclusão, em regime inicial fechado, por homicídio triplamente qualificado.
Para o Promotor de Justiça José da Silva Junior, que atuou perante o Júri, o crime foi praticado por motivo torpe – o réu matou porque a criança chorou – e por meio cruel, já que as agressões causaram sofrimento excessivo e desnecessário à vítima, ao ser lançada contra a parede.
Além disso, o crime foi praticado com recurso que impossibilitou a defesa da vítima, que tinha apenas dois meses e 14 dias de idade e estava sozinha, sem outras pessoas que pudessem protegê-la. “O Ministério Público é um defensor da vida. Atos contra a vida despertam, sim, a vocação do Ministério Público em dar uma resposta para a sociedade – em especial a vida de uma criança indefesa, de um recém-nascido, que foi injusta e covardemente morta e que deve a partir de agora ter o autor do fato responsabilizado e condenado”, ressaltou o Promotor de Justiça.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social – Correspondente Regional em Criciúma