Com entrevistas nas emissoras de rádios de Balneário Gaivota e Sombrio, distribuição de material alusivo ao tema nas unidades básicas de saúde, UBS, foram alguns dos meios utilizados pela equipe da Secretaria Municipal de Saúde para conscientizar as pessoas sobre a importância da valorização da vida, como preconiza a Campanha Setembro Amarelo.
Segundo a enfermeira Rafaela da Rosa, o Município atende os pacientes de Saúde Mental pelo sistema portas abertas do SUS, o acolhimento é feito pela equipe de enfermagem, que está capacitada para fazer uma escuta qualificada e dar o encaminhamento. “Primeiro ele vai ser encaminhado pelo médico da sua Unidade de Saúde para ver o risco e encaminha-lo ao atendimento com os profissionais psicólogos e psiquiatra para dar suporte às pessoas”. De acordo com a profissional, após a pandemia da Covid-19 aumentou o número de pacientes em busca de atendimento para saúde mental e a situação ficou preocupante, depressão, ansiedade, estresse pós-traumático. As pessoas deixaram de ter um acompanhamento devido à pandemia.
Mais tempo para caminhadas e menos para o celular
Para o Psicólogo Rafael da Silva Santos, a pandemia impactou na saúde mental das pessoas porque mudou as rotinas, a questão de contato com as pessoas que devido ao isolamento ficaram com sequelas. “As pessoas também perderam a rotina da prática de uma caminhada, que pode melhorar o humor e ajuda muito no comportamento e tratamento dos pacientes com algum transtorno psíquico. As pessoas também devem cuidar para não ficar muito tempo nas redes sociais. Com isso as pessoas deixam de criar situações reais, contatos interpessoais, caminhar, ir à praia e isso ajuda muito para uma saúde mental para pessoas de todas as idades”, destaca.
Sinal de alerta para uma boa Saúde Mental
De acordo com o Psicólogo, os problemas fazem parte da nossa vida, sempre teremos que resolver e aprender a conviver com eles. Quando você perde a capacidade de enfrentar e tudo passa a ser muito difícil e começa a se isolar, não busca uma rede de apoio, a tendência é de aumentar o grau de dificuldades. “Se tem coisas que a gente pode fazer são estes determinantes proximais, como uma alimentação nutritiva, balanceada, consegue fazer um mínimo de atividades físicas, caminhada ou outra atividade mais orientada, não fomos feitos para ficarmos parados, sedentários e termos sono ruim. O hábito é difícil de mudar, mas tem coisas que só o indivíduo pode fazer por ele mesmo. Se fizer isso a tendência é só melhorar a saúde mental. Nós, enquanto profissionais vamos orientar, dar uma estimulada, mas o paciente ajuda muito no processo”, disse.