Nem tudo que tem proteína é saudável
Nos últimos anos, a palavra “proteína” virou sinônimo de saúde. Está no rótulo de muitos alimentos, desde iogurtes e barrinhas, pães, chips, e até milkshakes e sobremesas ultraprocessadas. Basta ler na embalagem “com proteína” e o produto ganha o título de “fit”, “do bem”, “sem culpa”.
Mas a verdade é que nem sempre adicionar proteína transforma um alimento em algo saudável. Muitos produtos que se dizem “proteicos” continuam sendo ricos em açúcares, gorduras ultraprocessadas e aditivos, apenas com um toque de whey ou colágeno para o marketing funcionar. E uma escolha que parece saudável, continua distante de uma alimentação equilibrada.
Proteína é um nutriente essencial: participa da construção dos músculos, hormônios e da imunidade. Mas ela não anula os excessos de sódio, gordura saturada, corantes ou açúcar. O contexto do alimento importa mais do que um nutriente isolado.
Então, em vez de buscar proteína em produtos industrializados, vale olhar para as fontes naturais e completas: ovos, leguminosas, peixes, carnes magras, iogurte natural e castanhas, por exemplo, são alimentos que entregam muito mais do que proteína, trazem também vitaminas, minerais e fibras, sem uma lista de ingredientes com nomes complexos.
Importante lembrar que a saúde não vem de um rótulo chamativo, e sim de escolhas equilibradas, simples e minimamente processadas.
Nem toda proteína é sinônimo de nutrição, e nem todo alimento “fit” é, de fato, saudável.
AMANDA DE VARGAS DE OLIVEIRA
Nutricionista especialista em saúde mental | CRN10 9720
https://www.instagram.com/amandavargasnutri



