Alimentação e Câncer de Mama: alimentar-se bem é também um ato de autocuidado

Durante o Outubro Rosa, muito se fala sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Exames de rotina, o autoexame e a visita regular ao médico são, sem dúvida, pilares fundamentais nesse processo. Mas há um outro fator de prevenção que muitas vezes passa despercebido: a alimentação.

Você já deve saber que os alimentos que você consome frequentemente podem influenciar diretamente sua saúde como um todo, e quando se fala de câncer de mama, essa relação também é significativa.

Há padrões alimentares que contribuem para um menor risco, principalmente quando associados a um estilo de vida saudável, que inclui prática regular de atividade física, sono de qualidade, redução do estresse e uma alimentação rica em alimentos naturais e minimamente processados. Embora não exista “alimento milagroso” capaz de prevenir a doença, alguns alimentos merecem destaque, podendo ser aliados da saúde mamária e da saúde geral da mulher.

Alimentos que merecem destaque:
Frutas vermelhas (morango, amora, framboesa): ricas em antioxidantes como antocianinas, que combatem os radicais livres.
Leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico): fontes de fibras e fitoquímicos benéficos.
Sementes e oleaginosas (linhaça, chia, nozes): fornecem gorduras boas e compostos anti-inflamatórios.
Alimentos ricos em fibras (integrais, frutas, verduras, legumes): ajudam a equilibrar os hormônios e o funcionamento intestinal.

Além disso, existem outras medidas que complementam esse cuidado, como: manter o consumo adequado de água, a moderação no uso de sal, açúcar e gorduras saturadas, evitar alimentos como embutidos (salsicha, presunto, bacon, salame, linguiça, entre outros), o excesso de bebidas alcoólicas e o excesso de gordura corporal.

Lembre-se que a alimentação não substitui exames nem tratamentos, mas pode ser uma forte aliada tanto na prevenção quanto no suporte durante o tratamento. Mulheres que passam por quimioterapia, por exemplo, podem se beneficiar de uma nutrição personalizada para lidar com os efeitos colaterais e manter a imunidade.

O mais importante é lembrar que pequenas escolhas diárias constroem grandes resultados ao longo do tempo. Não se trata de “comer certo por um mês”, mas de criar um padrão de alimentação equilibrado e sustentável.

AMANDA DE VARGAS DE OLIVEIRA
Nutricionista especialista em saúde mental | CRN10 9720

https://www.instagram.com/amandavargasnutri