A importância da nutrição na saúde mental
Uma a cada quatro pessoas sofrerá com algum transtorno mental ao longo da vida, além de que, 9,3% da população brasileira já possui ansiedade atualmente – esses são dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) que devem nos servir de alerta, já que, possivelmente você é uma dessas pessoas ou conhece alguém que se encaixe nos números citados anteriormente.
Além das informações sobre a tendência ao aumento de pessoas com algum tipo de transtornos mentais, temos hoje, muitas evidências sobre a relação desses transtornos com a alimentação.
Já sabemos que uma alimentação adequada e equilibrada pode promover diversos benefícios para nossa saúde, colaborando para o bom funcionamento do organismo. Mas devemos entender também que a alimentação adequada e equilibrada pode colaborar significativamente para a prevenção e tratamento de problemas relacionados a saúde mental, principalmente casos de ansiedade, depressão e estresse.
Bem como, é de suma importância compreendermos que o contrário – uma alimentação pobre em nutrientes, alimentos em quantidades insuficientes ou excessivas, rica em alimentos pró-inflamatórios, como industrializados e ricos em açúcares, podem desencadear ou agravar esses problemas de saúde.
E para que nosso sistema nervoso funcione de maneira adequada, precisamos de nutrientes, os quais são absorvidos por meio dos alimentos que consumimos, ou seja, quando não consumimos estes, pode haver uma falha no funcionamento cerebral.
Fazendo meu papel de boa nutricionista, preciso te contar que nutrientes como: ômega-3, vitaminas do complexo B, principalmente B12 (fígado, carne bovina, ovos, sardinha, queijo, leite), ferro, magnésio e zinco (carne bovina, frango, lentilha, espinafre, peixe, feijão), possuem forte vínculo com o cérebro, e poderão colaborar para sua saúde mental, quando em níveis adequados (excessos também podem ser prejudiciais à saúde).
Mas vale frisar, que a alimentação se trata de um tratamento adjuvante, ou seja, pode colaborar de forma significativa, mas não cumpre o papel de promoção e tratamento sozinha, então em casos de transtornos mentais, busque auxilio profissional, psicológico, e se necessário, psiquiátrico.
Além disso, essa relação pode ser percebida em situações comuns do dia a dia, como quando passamos por uma situação estressante e essa nos leva ao consumo de alimentos mesmo sem estarmos com fome fisiológica, principalmente buscando alimentos com grandes quantidades de açúcares ou gorduras, com o objetivo de amenizar as emoções e gerar um bem-estar momentâneo.
Se você passa ou já passou por uma situação semelhante a essa e quer saber mais sobre como evita-la, acompanhe a minha coluna neste site toda terça-feira.
Amanda de Vargas de Oliveira
Nutricionista Especialista em Saúde Mental | CRN10 9720