EXPERIÊNCIA FÍSICA OU LIXO DE EVENTO?
Quantificar a geração de lixo e implementar estratégias eficazes de redução e manejo sustentável do material impresso entregue aos visitantes será, um dia, uma experiência física ou apenas mais um conteúdo da rua ou da lixeira?
Ainda estamos esperando que organizadores de eventos do setor de turismo no Brasil realizem auditorias de resíduos produzidos durante seus eventos. Esperamos que os resultados estejam fielmente divulgados e dispostos aos interessados.
A distribuição de material impresso em eventos e feiras do setor turístico pode ser vista sob duas óticas: como uma experiência física que agrega valor ao visitante ou como lixo gerado após o evento. A diferença está na forma como esse material é planejado, utilizado e descartado.
Quando o material impresso é uma experiência física valiosa é capaz de ser lembrada. Materiais de qualidade, como mapas interativos, guias exclusivos e folders personalizados, criam uma experiência sensorial e emocional para o visitante da feira e até mesmo ao turista.
Quando distribuído de forma direcionada para quem realmente tem interesse, o material impresso pode ser um diferencial na divulgação do produto ou atrativo, provocando a sua utilização prolongada. Exemplos seriam os cupons de desconto e roteiros interativos, podendo aumentar a taxa de retenção e conversão.
O material impresso se torna lixo de evento quando a distribuição é realizada em massa e sem critério. Os materiais que não oferecem informações relevantes ou são mal planejados acabam rapidamente no lixo, descartados.
A ausência, muitas vezes, de alternativas digitais provoca aos amantes da sustentabilidade o desgosto e desinteresse pelo conteúdo. Muitos visitantes e turistas preferem acessar informações por QR codes, aplicativos, brindes funcionais que substituem folhetos e websites, reduzindo a necessidade de mais um resíduo descartado, um material que terminará no lixo, ou não.Se bem utilizado, o impresso pode ser parte da experiência sensorial e até mesmo um diferencial competitivo.
DEMANDA CRESCENTE POR SUSTENTABILIDADE
Diante desse cenário, é essencial adotar diretrizes para minimizar a geração de lixo relacionado à folheteria em eventos de turismo:
- Digitalização de Materiais Promocionais: Substituir folhetos impressos por versões;
- Materiais Sustentáveis: Quando for necessária, optar por papéis reciclados, tintas ecológicas e processos de impressão sustentáveis;
- Design Eficiente: Materiais promocionais que maximize o uso do espaço;
- Reciclagem e Reutilização: Pontos de coleta seletiva nos eventos a fim de promover a reutilização de materiais promocionais sempre que possível;
- Conscientização dos Participantes: Educar expositores e visitantes sobre a importância da redução de resíduos e incentivá-los a adotar práticas sustentáveis;
- Parcerias com Empresas Sustentáveis: Colaborar com fornecedores que adotam práticas ecológicas e possuem certificações ambientais.
A implementação dessas diretrizes não só contribui para a preservação ambiental, mas também atende a uma demanda crescente por sustentabilidade no setor de turismo. Exemplos de sucesso incluem o projeto “Paraty Paraíso Lixo Zero” e iniciativas de hotéis que buscam certificações de gestão sustentável de resíduos.
O Mapa Brasileiro do Turismo Responsável, iniciativa do Ministério do Turismo, tem o objetivo de mapear roteiros, experiências e destinos turísticos distribuídos nas cinco macrorregiões do Brasil, com boas práticas de Sustentabilidade, Turismo de Base Comunitária e Segurança Turística. Este mapeamento poderá servir como referência para novas iniciativas e investimentos públicos e privados, além de servir como fonte de consulta para turistas e para a sociedade em geral.
Veja o material completo no link conheça o Mapa Brasileiro do Turismo Responsável.
Ao adotar essas práticas, os organizadores de eventos podem reduzir significativamente a geração de resíduos, promovendo um turismo mais responsável e sustentável.
Até a próxima matéria!!
- Continuando sobre *
CAMINHO DA GRATIDÃO – ABRIL/25
Nesta edição, estarei apresentando para vocês, a DÉCIMA QUINTA e a DÉCIMA SEXTA parte da peregrinação Caminho da Gratidão. Estará acontecendo durante o mês de abril de 2025, com um percurso total de 420 km de caminhada entre a cidade de Torres/RS e a cidade de Nova Trento/SC. O tempo de duração total será de 20 dias. Maiores detalhes e informações poderão ser solicitadas pelo whatssap (48) 996398803 com Fernando TecTur.
Parte 15 – Décimo Quinto Dia
- Evento: Peregrinação do Caminho da Gratidão
- Distância: 20 km
- Percurso: Praia de Fora até Sto. Amaro da Imperatriz
- Atividade (síntese): Saída da Pousada; parada café na Padaria da Vó Ana – Lanchonete e Mercearia Cambirela; almoço livre com sugestão para Du Ponto Restaurante e Lanchonete – Sto. Amaro da Imperatriz; visita ao Conventinho do Frei Hugolino; e hospedagem no Hotel Santo Amaro ou Hotel Imperador Caldas da Imperatriz.
- Parte 16 – Décimo Sexto Dia
- Evento: Peregrinação do Caminho da Gratidão
- Distância: 18 km
- Percurso: Sto. Amaro da Imperatriz até São Pedro de Alcântara
- Atividade (síntese): Saída do hotel; parada para lanche no Armazém Dois Irmão – Varginha; almoço livre; e hospedagem na Pousada da Dalva – Pousada do Nahim / Pousada Bienenwabe.

Aguardem, pois mais detalhes do caminho, descritivo e relatos serão apresentados durante as próximas colunas.
Até a próxima…
Desejo de bons caminhos e ótimas trilhas para todos nós.
Luiz Fernando Soares
Técnico e Gestor de Turismo – Cadastur 24.016176.96-2
https://www.instagram.com/fernando.tectur
fernando.tectur@gmail.com
www.tec.tur.br

Coluna Caminhos do Mar e das Alturas
O nome desta coluna evoca a conexão do homem com as atividades entre a grandiosidade dos cânions regionais e a serenidade das praias, criando uma identidade única para a coluna. Reforça o simbolismo da jornada e da conexão entre os elementos da região, com conteúdo envolvendo os segmentos que atendem e direcionam o turismo regional.
Como diretor da TecTur Turismo, sou guia de turismo credenciado nos Parques Nacional de Aparados da Serra e Serra Geral, especificamente na 9ª Região Turística Caminho dos Canyons do Sul – Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Sou apaixonado pela fotografia de natureza e das aventuras em que participo, além da consultor e orientador no segmento do turismo rural. Também realizo trabalhos como coordenador e difusor de estratégias e análises no segmento de pesquisa político/administrativo. Gaúcho de Porto Alegre, há mais de 20 anos resido com minha família em Santa Catarina, atualmente no centro de uma região com turismo 12 meses por ano: Sombrio.