O praia-grandense Filipe Daros Idalino, de 28 anos, doutorando na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), formado em geografia, está na Baía do Almirantado, próximo da península Keller, Ilha Rei George, na Antártida realizando pesquisas para sua tese de defesa do doutorado. 

O trabalho de pesquisa dele é avaliar, verificar, classificar e quantificar as zonas de neve úmida e seca da península. “Eu coleto no meu local que é na Baía do Almirantado, imagens de drone, pontos de GPS, fotografias e temperatura do local para validar os dados do satélite que eu tenho o controle e de tempo em tempo eu preciso fazer a verificação se está tudo certo”, afirmou Filipe.

Ele precisa comprovar que aquilo que ele vê dentro do software, e as imagens do radar são realmente o que está acontecendo, se o computador diz que é uma zona de neve úmida, precisa estar úmida pessoalmente também. 

O próximo destino é a Baía Esperanza, onde está situada a estação de pesquisa Argentina. Ele vai descer, coletar os dados, bater fotos, fazer voos com drones para ver de perto se aquela região confere com o que diz no software.

O projeto tem apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTIC), do Centro Polar e Climático (CPC), laboratório de pesquisa no qual é vinculado e está sediado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Apoio financeiro de bolsas de pesquisa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).