Bolsonaro diz que vai cumprir Constituição

O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez nesta terça-feira (1º), dois dias após o resultado do segundo turno das eleições, o primeiro discurso após perder a eleição. O presidente fez um pronunciamento curto em que disse que “manifestações pacíficas são bem-vindas” e criticou ocupações.

Bolsonaro também agradeceu os votos que recebeu e disse que continuará cumprindo a Constituição. “Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”, afirmou o presidente.

Balde de água fria

Discurso curto e sem dizer nada que alimentasse a esperança dos bolsonaristas mais fanáticos não agradou. Eles esperavam que o Presidente dissesse que estamos analisando as urnas, que alguma coisa ainda está por vir, continue as manifestações, que temos uma carta na manga, que a qualquer momento os militares poderão fazer alguma coisa para entregar o país nas mãos de Lula, etc.  Mas não, Bolsonaro, veio calmo, muito abatido, agradeceu os votos, disse que as manifestações são bem vindas desde que sejam pacificas e que não tranquem o direito de ir e vir e cumprirá a constituição.  Ponto final, para bom entendedor basta.

Querem intervenção militar

Tanto nos bloqueios quanto na manifestação em frente ao quartel de Criciúma, os manifestantes pedem uma intervenção militar, ou seja, que o país seja governado pelos militares e não pelo Lula, que tiraram da cadeia para ser presidente. Mas gostem ou não de Lula, ele foi eleito pela maioria do povo, foram 2 milhões de votos a mais. E não adianta ficar com mi-mi dos baianos e dos nordestinos que votaram porque se venderam ou porque não tem cultura.

O que dizer então de 1.351.918 de catarinenses que votaram em Lula.

Terceiro mandato

Lula voltou com força à cena política na corrida pelo terceiro mandato de presidente. Durante a campanha, ele buscou ressaltar o legado das suas gestões anteriores e prometeu retomar algumas de suas políticas consideradas bem-sucedidas, como aumento real do salário mínimo acima da inflação. A manutenção do pagamento do Auxilio Brasil (ex-Bolsa Família) no valor de R$ 600 por família, com pagamento extra de R$ 150 por criança até 6 anos de idade. Promete ampliar o programa Minha Casa Minha Vida, de habitação popular, que foi substituído pelo programa Casa Verde Amarela no atual governo. Prometeu tirar os 80% dos brasileiros que estão endividados, comida barata na mesa, entre eles a carne e assim por diante.

Jorginho Mello

Com 70,69% dos votos válidos, Jorginho derrotou o adversário Décio Lima (PT), que obteve 29,31% dos votos. A vice-governadora é a Delegada Marilisa.

Confirmando o resultado que já era previsto desde o encerramento do primeiro turno, o governador eleito de Santa Catarina, Jorginho Mello, já adiantou que só tratará, oficialmente, de nomes para o seu governo a partir de 1 de dezembro. A expectativa do Sul é de que a Deputada Federal Carmem Zanotto assuma a secretaria da saúde, daí Giovana de Sá assumiria o mandato de Deputada Federal, já que é a primeira suplente.

Melhores e piores

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que a diplomação dos candidatos eleitos deve ocorrer até 19 de dezembro, conforme a legislação eleitoral.  

Foi em Turvo, onde Bolsonaro teve a maior votação em porcentagem, 82,34% dos votos. Segundo município da região foi em Meleiro com 79,94%.

Lula da Silva, foi em Praia Grande onde ele teve seu maior desempenho, fez 41% dos votos, o segundo município onde teve maior votação foi em Balneário Arroio do Silva com 37,87%.

Foi em Turvo onde o Governador eleito Jorginho Mello do PL teve maior percentual dos votos, 82,98%, segundo município foi em Meleiro, com 81,63%.

A manifestação é válida para mostrar o descontentamento com o resultado e da perseguição que foi com o Bolsonaro, só isto.

A quem diga que seria mais válido o movimento pedir para o Sul ser um país, pegando os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.