A reunião de ontem só teve uma serventia: aumentar a crise que já é forte o suficiente dois dias antes do jogo contra o Vasco em São Januário. Quando a direção faz um encontro de mobilização, como chamou Danis Abrahão, e o treinador não está presente, fica evidente que o sentido da reunião era outro. Estava em discussão destino de Roger Machado.
Menos mal que os dirigentes não cometeram a insensatez de demiti-lo. Porém, se o presidente se obriga a dizer que o Grêmio vai mudar não mudando, remete a Pedro Paulo Zachia presidindo o Inter em 1997, quando houve uma reunião chamada para decidir se Celso Roth ficaria ou não no comando. Zachia deu entrevista depois com a célebre frase “vamos mudar não mudando”. O encontro de ontem só materializou e potencializou a pressão sobre Roger e o time. Contraproducente. Mas está feito.