Depois de países da Europa, o desafio perigoso de “fumar cotonete” também está circulando em redes sociais de usuários do Brasil. A nova moda entre crianças e adolescentes tem preocupado pais e também especialistas, que alertam para os riscos à saúde provocados pela liberação de substâncias tóxicas a partir da queima do produto. Além de causar doenças respiratórias – com necessidade de internação em casos mais graves –, o uso prolongado pode causar o surgimento de câncer.

Em vídeos publicados em redes sociais, jovens aparecem acendendo a haste flexível, que é conhecida popularmente como “cotonete” e utilizada para a higienização de ouvidos, nariz e umbigo. Em seguida, eles inalam a fumaça provocada pela queima do algodão (que fica nas pontas) e do plástico da haste flexível.

“O cotonete tem uma haste de plástico e as duas pontas de algodão. A queima desses materiais vai liberar substâncias que são tóxicas para o pulmão e para a saúde, de um modo geral. Estudos científicos ainda vão se aprofundar sobre os riscos, mas, em princípio, o plástico quando submetido à combustão libera substâncias comprovadamente cancerígenas. Ou seja, a exposição por um longo prazo pode aumentar, inclusive, o risco de câncer.

Já o algodão tem fibras orgânicas que quando são submetidas à queima liberam substâncias tóxicas que causam inflamação e irritação. “Podendo ocasionar um estreitamento das vias aéreas, que pode provocar tosse, falta de ar, chiado no peito, broncoespasmos e internações”.
“Além de intoxicação pela fumaça do plástico e do algodão, a ação pode ainda provocar queimadura nos lábios e face (pelo plástico que pode pegar fogo e se alastrar), além de induzir o hábito de fumar’’